A dança do ventre é uma das danças mais antigas da humanidade e também uma das mais conhecidas em todo o mundo. O estilo atrai a atenção do público, tem uma grande quantidade de praticantes e também traz muitos benefícios à saúde.
De acordo a coreógrafa, bailarina e professora Shalimar Mattar, que tem uma escola de dança árabe em São Paulo, os benefícios da Dança do Ventre são inúmeros, pois a modalidade trabalha todas as partes do corpo, dos pés à cabeça. A prática do exercício exige um bom trabalho postural e equilíbrio.
A dança massageia os órgãos internos e contribui com a agilidade e a coordenação. “Atua no desenvolvimento dos sentidos, fortalece a feminilidade, combate o stress e a depressão. Favorece o autoconhecimento, aumentando a autoestima e confiança pessoal”, explica a professora.
Shalimar detalha todos estes benefícios no seu livro ‘Círculo Mulher’, e conta que a tradicional dança árabe vai além da arte e pode nos ajudar a envelhecer com mais felicidade, porque, de acordo com ela, “ajuda a trabalhar a feminilidade, a essência, a delicadeza e a força da mulher. O livro, por exemplo, traz sugestões de como trabalhar o equilíbrio, para que a gente possa sempre estar em sintonia com a felicidade” .
E mais, a professora explica que qualquer pessoa, em qualquer idade, que está em boas condições de saúde e liberado por seu médico pode praticar a dança do ventre. “Você pode começar em qualquer idade, desde que procure um professor gabaritado, que pode ministrar aulas para crianças e até mesmo para a terceira idade”.
Popular no Brasil
Shalimar explica que a mulher brasileira tem muita afinidade com a dança do ventre por diversas razões. Em primeiro, porque tanto o samba quanto a dança do ventre egípcia tem como berço o continente africano. “Podemos dizer que são primas. Existem muitas semelhanças principalmente na parte percussiva, assim como o destaque para os movimentos dos quadris, a energia da dança e principalmente a valorização do estilo pessoal da dançarina, pois nestas duas modalidades o mais importante é exteriorizar sua essência”.
Outra razão é que a dança do ventre é extremamente rica e existem muitas formas de praticá-la em diferentes tipos de músicas. “Temos a dança tradicional, a rotina clássica, moderna, fusões e ainda a utilização de uma série de materiais e tudo isso a torna muito interessante, porque dificilmente alguém não vai se identificar com ao menos um desses diferentes estilos”, afirma a professora.
Ela explica que a essência primordial da dança do ventre vem de uma base primitiva dos povos das cavernas e atravessou séculos sendo aprimorada, modificada e enriquecida, mas sempre mantendo o sagrado feminino como ponto primordial. “Enfim, é uma dança que seduz a todos pela sua técnica, expressividade, desenvoltura e sentimento”, conclui Shalimar Mattar.
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