Por Eduardo Sucupira. Cirurgião Plástico. Realizou a sua formação no Serviço do Prof. Ivo Pitanguy(1997-1999). É Especialista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). Membro internacional da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS). Mestre e Doutor pelo Programa de Cirurgia Translacional da Escola Paulista de Medicina pela Universidade Federal de São Paulo.
A cirurgia plástica faz parte da vida de todos os brasileiros. No prazo de um ano são realizadas por profissionais especializados, aproximadamente, 630 mil cirurgias plásticas no país. Destas, 73% são intervenções estéticas e 27% reparadoras.
Cirurgias são sempre desafiadoras, sejam elas reparadoras ou não. O mercado promissor em que se tornou a cirurgia plástica, principalmente com fins estéticos, não afasta dos médicos o dever ético de tratar a medicina como atividade essencial à vida humana. Para exercê-la, o profissional, além de ser consciente, competente e qualificado, deve zelar pelo bem maior, que é a vida e o bem-estar de seus pacientes.
A cirurgia plástica atua na reconstituição de tecidos perdidos em função de sequelas provocadas por acidentes, em áreas atingidas por retiradas de tumores, e em casos de queimaduras graves, entre outras. Para cada tipo de demanda, são oferecidas técnicas modernas e específicas, como enxertos de pele, retalhos cutâneos, musculares ou ósseos, microcirurgia para confecção de retalhos livres e reimplante de extremidades.
A cirurgia plástica não é somente estética ou exclusivamente reparadora, é uma só, indivisível. Repara a dor! Algumas merecem sem dúvida, destaque, como o caso da reparação da gigantomastia, uma cirurgia emblemática, pois remove a dor, o peso, a vergonha, a sensação de desprezo, a falta da estima. Restaura a condição da mulher.
Cirurgias plásticas são viabilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), diferentemente da cirurgia plástica com objetivos puramente estéticos. Essas intervenções têm como objetivo a correção de deformidades congênitas (ao nascimento) e/ou adquiridas (traumas, alterações do desenvolvimento, pós cirurgia oncológica, acidentes e outros), devidamente reconhecidas, ou ainda quando existe déficit funcional parcial ou total, cujo tratamento exige recursos técnicos de cirurgia plástica, sendo considerada tão necessária quanto qualquer outra intervenção cirúrgica.
Atualmente os principais procedimentos realizados pelo SUS são: reconstituição de lábio leporino; cirurgia de mudança de sexo; abdominoplastia (correção da flacidez e redução da pele após perda de peso); otoplastia (correção de orelhas de abano); gigantomastia (redução das mamas); ginecomastia (crescimento anormal das mamas em homens); fendaplaslatina (correção de pálpebras enrugadas nos olhos); reconstrução das mamas após retirada de câncer; deficiências ou deformidades no rosto; e queimaduras que levaram a deformações.