Barbie, o filme: críticas ao consumismo exacerbado e ao padrão irreal de beleza

Barbie, o filme: críticas ao consumismo exacerbado e ao padrão irreal de beleza

Por: Andreia Calçada é psicóloga clínica e jurídica. Perita do TJ/RJ em varas de família, assistente técnica judicial em varas de família e criminais em todo o Brasil. Mestre em sistemas de resolução de conflitos e autora do livro “Perdas irreparáveis – Alienação parental e falsas acusações de abuso sexual“.

O filme Barbie vem chamando atenção para uma série de conceitos errados em nossa sociedade. Ele questiona os estereótipos impostos pela cultura da própria Barbie: a loira gostosa, rica, bonita e perfeitinha e todas as questões veiculadas à perfeição, principalmente do corpo. A Barbie tem muito a ver com o mercado de consumo e essa exigência de um padrão de beleza específico.

Esse padrão acabou virando uma escravidão porque esse perfil ‘perfeitinho’ refletiu nas modelos magérrimas, que são anoréxicas e bulímicas – até pelo próprio mercado de trabalho – e a mulher ficou muito submetida a esse padrão de beleza, virando escrava dessa imagem.

No filme, a personagem Barbie começa a refletir e percebe que a vida perfeita talvez não seja tão real quanto parece e as consequências de ela viver presa a um padrão que é imposto externamente. Na vida real, as consequências psicológicas e psiquiátricas dessa imposição social do mercado de consumo acometem o universo feminino.

Essas questões estão vinculadas à depressão, ansiedade, anorexia e bulimia, que são situações graves. Os conflitos mais graves não estão ligados somente a questões externas do mercado de consumo, dos padrões estéticos e sociais impostos e únicos, mas a problemas também que se coadunam às questões internas de personalidade de cada um.

O filme mostra um ‘cansaço’ desse padrão. Mas devemos também tomar cuidado com o extremo oposto, com o que vem sendo questionado. É legal ser obesa, quando a obesidade pode trazer males à saúde? Não praticar exercícios? Qual é o meio do caminho nessa história? O bom senso é sempre o melhor caminho.

Fonte: Freepik.

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