Boom imobiliário

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Aproveite o momento para comprar o seu imóvel

Mesmo com a nova alta da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, para 7,75% ao ano e com a sinalização de mais reajustes até dezembro, o cenário continua favorável para a compra do imóvel. Isso porque, de acordo com especialistas, o percentual do financiamento imobiliário ainda está abaixo dos 12%. Para a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) foi importante para estabilizar os juros futuros de longo prazo, condição essencial para o crescimento econômico do país, do setor e para a geração de empregos.
Claudio Hermolin, presidente da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário) e vice-presidente do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil), complementa que atualmente há alguns bancos praticando taxas do crédito imobiliário em percentuais muito próximos ou semelhantes às praticadas quando a Selic era 2% ao ano. “Mesmo aquelas instituições financeiras que aumentaram em meio ponto a um ponto percentual as suas taxas, elas ainda estão abaixo das de 2018 e 2019. Ou seja, ainda temos taxas de juros muito atrativas comparadas com as do passado. Até quando teremos esse cenário, não sabemos. Então, para quem pensa em comprar hoje um imóvel financiado, precisa aproveitar as oportunidades agora”, ressalta Hermolin.

Claudio Hermolin

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Ainda temos taxas de juros muito atrativas comparadas com as do passado.

Claudio Hermolin. Presidente da Ademi-RJ

Barra e Recreio na liderança

Pesquisa do Cepai (Centro de Pesquisa e Análise da Informação) do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) aponta que a demanda por imóveis na Barra e no Recreio é expressiva quando se analisa o recorte das transações residenciais de 2019, 2020 e 2021. Para se ter ideia, de janeiro a setembro deste ano foram vendidas 3.408 unidades residenciais na Barra, superando 2020, com 2.036 unidades, e 2019 com 2.211 imóveis. O estudo indica ainda que o Recreio acompanha este crescimento: foram 2.951 transações de janeiro a setembro de 2021 contra 2.036 registradas em 2020 e 2.118 em 2019. Os dados têm como base o recolhimento do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) pela Prefeitura do Rio. No ranking dos bairros mais procurados para morar, segundo o sindicato, estas duas localidades permanecem em primeiro e segundo lugar respectivamente. “A pandemia foi um aspecto surpreendentemente positivo para o mercado imobiliário e a Barra vai ao encontro disso porque oferece áreas mais amplas e empreendimentos mais novos. A região tem um conceito menos condensado quando comparada a alguns bairros da Zona Sul e é isso que algumas pessoas estão procurando”, observa Leo­nardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio.

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A Barra é para onde a cidade vem se expandindo nas últimas três, quatro décadas.

Leonardo Schneider
Vice-presidente do Secovi Rio

Ele complementa que, com o home office e com o modelo híbrido, as pessoas estão menos preocupadas com a locomoção e mais com a qualidade de vida, de morar em um ambiente mais agradável sem deixar de executar o trabalho. “A Barra é para onde a cidade vem se expandindo nas últimas três, quatro décadas e isso está mais acentuado agora com os sub-bairros como o Península e o Ilha Pura, além dos lançamentos mais recentes. E tem também o Jardim Oceânico que ficou ainda mais valorizado com a chegada do metrô. Com tudo isso, pode-se dizer que a Barra vem sendo um carro-chefe em quantidade de fechamento de negócios tanto de locação quanto de venda”, analisa Schneider.

Bairros planejados

Península Barra da Tijuca
Península, bairro planejado de alto padrão na Barra (Adobe Stock)

A história da Barra da Tijuca tem alguns protagonistas de peso que a tornaram uma região conhecida como a “Miami brasileira”, muito desejada e valorizada. Uma destas figuras é o engenheiro e empresário Carlos Fernando de Carvalho, presidente da Carvalho Hosken, empresa que completou neste ano sete décadas de existência. Nos anos de 1970, ao perceber que a Zona Sul do Rio de Janeiro começava a dar sinais de exaustão urbana, Carvalho visualizou que o bairro seria a região natural para o crescimento da cidade. Nesta época a empresa construiu o Village São Conrado, Itanhangá Hills e o Atlântico Sul, este último até hoje uma referência arquitetônica de alto padrão da região. Em seguida começou então a era dos bairros planejados, privilegiando segurança, lazer, conveniência, mobilidade e sustentabilidade. Com este conceito nasceram o Rio2, o Península, o Cidade Jardim, o Centro Metropolitano e o Ilha Pura. “É necessário conciliar toda a atividade imobiliária com qualidade de vida, desenvolvimento urbano, sustentabilidade, meio ambiente, paisagismo e arte”, ressalta Carvalho. Aos 97 anos, o empresário continua firme no seu propósito de tornar a Barra da Tijuca ainda mais desejada. A mais recente novidade é que o Ilha Pura ganhará em breve um shopping e uma escola.

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É necessário conciliar toda a atividade imobiliária com qualidade de vida, desenvolvimento urbano, sustentabilidade, meio ambiente, paisagismo e arte.

Carlos Fernando de Carvalho
Presidente da Carvalho Hosken

Uma pérola da região

O Jardim Oceânico vem atraindo os olhares de famílias em busca de mais espaço e tranquilidade, principalmente de moradores da Zona Sul que encontraram na pandemia a necessidade de mudar de lar para ter um home office ou uma varanda gourmet. E não é de agora que a localidade desperta interesse do mercado imobiliário. A Concal, por exemplo, famosa por seus prédios na Zona Sul, em especial no Leblon, também já construiu no Jardim Oceânico. Segundo José Conde Caldas, presidente da empresa que completa 50 anos, foram seis prédios entregues no bairro na década de 1970, além de dois no Recreio dos Bandeirantes. “A Barra tem um lugar especial na trajetória da Concal”, diz Caldas. De lá para cá, construtoras como a JB Andrade e a Itten investem no Jardim Oceânico, desenvolvendo projetos sob medida para o bairro.

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A Barra tem um lugar especial na trajetória da Concal.

José Conde Caldas
Presidente da Concal

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