Hoje é o Dia Mundial do Alzheimer, data que tem como objetivo trazer conscientização e prevenção sobre a doença. Para se ter ideia, o Ministério da Saúde divulgou que, atualmente, cerca de 100 mil casos de Alzheimer são diagnosticados por ano no Brasil. A pesquisa ainda revela que mais de 1,2 milhão de brasileiros sofrem de Alzheimer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca uma tendência preocupante de aumento nos diagnósticos, atribuída ao envelhecimento da população. Projeções da Alzheimer’s Disease International indicam que esses números podem chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050.
Segundo a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), o Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que provoca a deterioração do cérebro. “A causa é desconhecida, mas a medicina entende que seja genética. A doença acontece quando proteínas do cérebro começam a ser mal processadas. Surgem fragmentos de proteínas, que se tornam tóxicos e começam a prejudicar o funcionamento do cérebro devido à perda de neurônios”, explica Danielle.
Os principais fatores de risco da doença são a idade, o histórico familiar e a baixa escolaridade. A especialista diz ainda que a recomendação para prevenir a doença é manter a mente ativa através de jogos, leitura ou estudo. “Atividades em grupo, exercícios físicos e uma alimentação saudável também são recomendados. Cigarro e bebidas alcoólicas devem ser evitados”, alerta Danielle.
Sintomas e tratamentos
Além da perda de memória, Danielle explica que os sintomas de Alzheimer incluem problemas para completar tarefas que antes eram fáceis, dificuldades para a resolução de problemas, mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares, problemas com a comunicação, tanto escrita como falada, confusão sobre locais, pessoas e eventos, alterações visuais, como problemas para entender imagens.
“É indicada uma visita ao médico quando além da falta de memória recente a pessoa começa a repetir a mesma pergunta com frequência, quando se perde ao dirigir mesmo conhecendo o caminho e começa a ter dificuldade para se expressar no dia a dia, como ao não recordar as palavras que quer usar. Além disso, o paciente pode estar irritado ou agressivo”, observa a neurocirurgiã. Danielle complementa que o diagnóstico precoce pode trazer melhora nos sintomas e estabilização da doença, que é progressiva.
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