Festival Pará é atração no Museu do Pontal

Festival Pará é atração no Museu do Pontal

O Festival Pará no Museu do Pontal, que acontecerá nos dias 23 e 24 de setembro, é a dica para o final de semana. A iniciativa apresentará a cultura deste Estado que está embrenhado na Amazônia. Você já experimentou a culinária paraense? Já viu o artesanato da Ilha de Marajó? Conhece a dança do carimbó e os ritmos amazônicos? Pois então, não perca a oportunidade. O grande destaque da festa será o show de Dona Onete (dia 23), homenageada do festival. Com 84 anos, ela é a rainha do carimbó chamegado e sua obra musical foi, este mês, oficialmente declarada patrimônio Cultural e Imaterial do Pará. Toda a programação é gratuita.

“Belém é a antena parabólica da Amazônia, o lugar onde a energia da floresta chega e se conecta com o mundo. Os ritmos, os sabores, o artesanato, os Encantados, os indígenas, os quilombolas… É uma região de cultura riquíssima e estamos trazendo para o festival. E, ainda, seguindo a tradição do Museu de homenagear os grandes mestres de nossa cultura popular, contaremos com show de Dona Onete e exposição sobre sua trajetória”, comenta Lucas Van de Beuque, diretor executivo do Museu do Pontal.

Confira a programação completa:

Dia 23 – Sábado

Contos de Dona Onete. Autora da coleção Contos de Dona Onete, a neta da artista, Josivana Rodrigues, abre o festival no dia 23. Ela vai contar três histórias inspiradas na infância de Dona Onete e em lendas e costumes amazônicos. Livre.

DJ Xeleléu

Cinema de Fachada para crianças. Sessão de curtas paraenses: A Turma do Jambu – episódio Boitatá; Contos Mirabolantes – O olho do Mapinguari; As Icambiabas – episódio Lagartas Boreais; Os Dinâmicos – episódio Monstrinhos de Estimação; Os Dinâmicos – episódio Lambada do Fantasma.

Grupo Folclórico Cultural Flores da Alegria. Apresentação de dança de carimbó do projeto social do Município de Nilópolis formado por mulheres.

Oficina de carimbó e conversa com Mestre Damasceno. Quem comanda a oficina é Mestre Damasceno, que atua na cultura popular desde os 19 anos e, aos 68 anos, continua ativo no carimbó, com seu grupo Nativos Marajoara.

Show Mundiá e o Reino da Encantaria. Idealizada por paraenses radicados em Paraty, a banda Mundiá divulga a música amazônica através de composições autorais e de mestres como Verequete, Lucindo, Pinduca e Dona Onete. O show Mundiá e o Reino da Encantaria tem um repertório dançante, tropical e caliente, regado a cumbia, bolero, lambada e outros ritmos populares no Norte.

GUST – Set Performance Mata e Come. Nascido no sertão amazônico, o multiartista GUST toca flash brega, guitarrada, cumbia, lambada, calypso e ritmos caribenhos enquanto projeta imagens que exploram cosmovisões periféricas da Amazônia.

Show Félix Robatto. Guitarrista e percussionista de Belém do Pará, Félix Robatto é fundador da banda La Pupuña, que apresentou a guitarrada progressiva para o mundo, participando de diversos festivais no Brasil, EUA e Europa.

Show e homenagem a Dona Onete. Grande homenageada do Festival Pará no Museu do Pontal, famosa pela mistura de ritmos e criação de um estilo próprio de fazer música, conhecido como carimbó chamegado, ela sobe ao palco principal para fechar o primeiro dia de programação.

Dia 24 – Domingo

Carimbaby. Inspirado nos cordões de bichos e pássaros do Pará, o projeto infantil criado pela artista paraense Bárbara Vento, residente no Rio de Janeiro desde 2001, apresenta uma mistura de ritmos e danças tradicionais.

Oficina de percussão e ritmo do carimbó do Marajó. Nesta oficina, a artesã e percussionista marajoara Milene Pinheiro vai apresentar os instrumentos e ensinar aos participantes os toques típicos do carimbó do Marajó.

Cinema de Fachada para crianças. Sessão de curtas paraenses: Os Dinâmicos – episódio Boitatá no é Bumbá; Contos Mirabolantes – o olho do Mapinguari; As Icambiabas – episódio Açaí do grosso; A Turma do Jambu – episódios Curupira e Saci.

O Conto da Sereia do Marajó com o grupo Carimbó da Pedra. O grupo Carimbó da Pedra, do Rio de Janeiro, conta histórias que celebram as culturas indígena e afro-amazônica do Norte do Brasil, abordando temas que envolvem a relação do homem com a natureza.

Show Afroribeirinhos. Criada no Rio de Janeiro em 2018, a partir do encontro dos músicos manauaras Dibob da Silva e Frank Russo, a banda apresenta um estilo musical próprio, chamado carinhosamente de ‘Mexidão’.

Oficina de flores de papel. Nesta oficina, a artesão paraense Waldenira dos Santos, vai ensinar os participantes a confeccionar flores de papel crepom.

Show Aturiá. Núcleo musical do Aturiá Carimbó, projeto idealizado pela dançarina e musicista Andrea de Vasconcelos. O show do Aturiá mistura música e dança ao ritmo do carimbó pau e corda, trazendo composições de grandes mestres do carimbó de raiz, como Verequete, Lucindo, Bigica e Dikinho, mergulhando num repertório rico em encantarias e poéticas do universo caboclo amazônico.

DJ Tha Redig. DJ e produtora cultural paraense.

Show Mestre Damasceno. Com sua voz e um timbre marcantes, Mestre Damasceno é a personificação da verdadeira identidade do caboclo quilombola marajoara. Suas composições guardam o clima sonoro dos encantos do Marajó, falando dos costumes do povo, suas comidas e a relação com a natureza.

Museu do Pontal 

Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca. Aberto de quinta a domingo, das 10h às 18h (o acesso às exposições se encerra às 17h30).

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