Espumante? Vinho tinto ou branco? Se você tem dúvidas sobre qual bebida servir na ceia de Ano Novo, confira as dicas da enóloga e sommelier da vinícola Salton, Sandi Marina Corso. A especialista orienta como fazer a harmonização com pratos tradicionais como peru, bacalhau, camarão, lombo de porco, tender, pernil, filé mignon, vitelo e seus acompanhamentos.
Espumantes
Preferencialmente seco (Brut), ele atende perfeitamente aos requisitos: é leve, refrescante devido à acidez marcante, possui gás carbônico, que junto com a acidez auxilia na limpeza das papilas gustativas, combinando melhor o sabor do alimento e da bebida. Sua versatilidade permite encarar alguns dos grandes vilões da harmonização, como receitas com ovos, aspargos, condimentos ou apimentadas. Os secos (Brut) acompanham bem as saladas, salpicão e frutas (principalmente as ácidas, como morangos e cerejas), pratos com camarões, frutos do mar, peixes, bacalhau grelhado, peru, oleaginosas e arroz. Na sobremesa, a menos que seja apenas frutas frescas, opte por um espumante com algum açúcar, como um Demi-sec ou um Moscatel.
Vinho Branco
Entre os brancos, uma das melhores opções é o Chardonnay, que pode ser encontrado em versões mais leves e frutadas, até com mais estrutura, como é o caso dos que possuem passagem por barricas de carvalho. Se preferir reservar o espumante apenas para o brinde, os brancos podem acompanhar a refeição principal. Saladas, cuscuz, peixes, carne suína, frutos do mar e até mesmo o peru – se sua ceia for nessa linha, o branco será suficiente.
Vinho Tinto
Se você não dispensa a carne vermelha, suína, ou mesmo uma ave mais encorpada e condimentada, como o pato, por exemplo, é interessante partir para os tintos. Mais uma vez: leves, frutados e com boa acidez. Aqui as indicações são para o Pinot Noir, Merlot ou Marselan. Com esse time podemos encarar o lombo de porco, pernil, vitelo, tender e o filé mignon. E, por que não, o peru e até mesmo o bacalhau? A gordura e a proteína são parceiras perfeitas para os taninos.
Sobremesas
Biscoitos, torta de reis, pudim, torta de maçãs, merengues, profiteroles, tiramisu, sorvetes, mousses e chocolates em várias formas, não importa o que será servido, para a sobremesa a única regra é que o prato nunca pode ser mais doce que o vinho. O ideal nestes casos é utilizar como acompanhamento um produto com maior concentração de açúcar, podendo ser um espumante Demi-sec ou Moscatel e vinhos “de sobremesa”, como os licorosos e fortificados, que são mais alcoólicos e mais adocicados.
Em todos os casos, a receita fundamental é a moderação. Os excessos devem ser reservados aos pratos deliciosos, já nos vinhos, as escolhas para a época devem ser limitadas aos mais leves ou de estrutura média, frescos, com álcool moderado e bastante acidez. As festas de final de ano costumam durar várias horas e, portanto, vinhos muito pesados e alcoólicos podem comprometer o momento.
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