Pesquisa da Auddas revela que, até 2030, será necessário construir cerca de 22,7 milhões de novas residências no país, o que poderá resultar em mais de R$ 4,1 trilhões de Valor Geral de Vendas (VGV). Segundo Julian Tonioli, CEO da consultoria, atualmente, menos de 1% das empresas no país têm acesso ao mercado de capitais, fundamental para atender essa demanda.
“A necessidade de maior participação do mercado de capitais no financiamento imobiliário se torna evidente, especialmente considerando que cerca de 25% da população brasileira vive em condições de moradia inadequadas, com renda familiar geralmente inferior a mil dólares por mês, em um cenário onde o tradicional crédito bancário para o setor é limitado e caro, e as taxas de juros estão entre as mais altas globalmente”, afirma Tonioli.
Ele observa que, diante da restrição do crédito tradicional, incorporadores e loteadores têm buscado alternativas ao financiamento bancário nas gestoras de capitais, incluindo o financiamento à obra, antecipação de recebíveis e uso do estoque como garantia para dar continuidade aos empreendimentos.
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