Especialista dá dicas de como gerenciar o problema pets e fogos de artifício
Com a chegada das festas de fim de ano, os donos de animais de estimação ficam apreensivos com o estresse causado pelos fogos de artifício. “Nos cães, a principal característica que notamos se dá pelo fato de que eles tendem a procurar o tutor constantemente, com o intuito de se proteger e minimizar o estresse repentino ocasionado. Os gatos, comumente eles somem de vista, desaparecem por um intervalo procurando abrigo seguro”, explica Leandro Romano, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera de Campo Limpo. O especialista cita os cinco fatores de medo relacionados a fogos de artifício para os animais de estimação e dá dicas de como ajudar os melhores amigos:
1 – Sons de fogos de artifícios são muito altos para o ouvido deles
Os cães e gatos têm uma capacidade auditiva diferente do ser humano. É sabido que o ouvido canino e felino é capaz de perceber sons com frequência entre 10 Hz e 40.000 Hz, já o homem percebe sons na faixa de 10 Hz a 20.000 Hz. “O ideal é mantê-lo dentro de casa longe do barulho, idealmente em uma sala onde você pode ligar a música ou o ruído para abafar os sons surpreendentes”, orienta o veterinário.
2 – Fogos de artifício chegam sem aviso
Alguns eventos que assustam cães vêm com avisos, como chuvas e trovoadas ou uma visita ao Veterinário. Mas fogos de artifício interrompem uma noite agradável com estalos altos e aleatórios – e o pior, sem aviso prévio. “Do ponto de vista de um cachorro isso é extremamente estressante e desconfortável. Para evitar transtornos é recomendado preparar o cão, treinando, expondo-o aos sons de fogos de artifício gravados. Este treinamento, em geral, ajuda a manter a calma”, recomenda Leandro.
3 – Os fogos de artifício apresentam uma ameaça
Como fogos de artifício são barulhentos e inesperados, muitos cães os percebem como uma ameaça real, o que desencadeia sua resposta de fuga, diretamente relacionado aos fatores de medo. Cães e gatos se sentem ameaçados, ficam acuados e em algumas situações podem ficar agressivos. “Uma presença calma e reconfortante pode fazer toda a diferença para os nossos animais. Fique perto (sem superproteger) e certifique-se de que está relaxado, uma vez que ficar estressado ou ansioso não vai ajudar nossos cães, visto que fogos de artifício não são uma ameaça real para eles de qualquer maneira”, diz o veterinário.
4 – O cão sente-se preso
Atualmente muitos animais de estimação são criados como filhos, sendo esta uma característica cada vez mais marcante nos grandes centros. “Este fato se dá pela verticalização das cidades e o alto custo de vida que faz com que os cães e gatos passem a ficar mais tempo dentro de nossa residência (apartamento) o que gera, mais uma vez, um sentimento de superproteção. Fogos de artifício acionam a resposta de luta e fuga em nossos animais, mas ele não consegue escapar da ameaça, sendo assim, seu medo e ansiedade continuarão – pelo menos enquanto os fogos continuarem. A melhor solução é remover o seu cão da situação antes do tempo. Se você tem amigos ou familiares que moram em áreas mais calmas, onde fogos de artifício são raros, ou em hotéis especializados para animais de estimação, deixe-o lá”, indica Leandro.
5 – O cão se sente vulnerável
“Se o seu cão sentir que os fogos de artifício são uma ameaça à sua segurança e não tem uma rota de fuga, ele naturalmente se sentirá vulnerável”, diz o veterinário.
Agora que você já viu as dicas sobre como gerenciar o problema pets e fogos de artifício, leia também Dicas para montar o primeiro enxoval
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