Com tantas notícias circulando por aí sobre vacinas, é natural que algumas pessoas tenham dúvidas sobre os imunizantes. Não é à toa que os órgão de saúde fazem frequentes campanhas para destacar a importância de manter o esquema vacinal em dia. Portanto, chegou a hora de deixar as fake news de lado e tomar a vacina da gripe, já disponível nas unidades de saúde de todo o país para os grupos prioritários: crianças de 6 meses até 5 anos e 11 meses; gestantes; mulheres que tiveram filho recentemente; indígenas; maiores de 60 anos; trabalhadores da saúde; professores das escolas públicas e privadas; portadores de doenças crônicas não transmissíveis, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
O médico otorrinolaringologista Diego Malucelli lembra que a gripe não é um resfriado comum. Por isso, é importante se proteger.
– Os vírus sofrem mutações constantes. Apesar de ser benigna, a gripe pode evoluir para complicações como a pneumonia bacteriana, principalmente em pacientes com o sistema imune mais fraco, como idosos, bebês, gestantes e portadores de doenças crônicas. Por isso é importante manter a vacinação em dia – orienta o médico.
Mas você sabe qual é a diferença entre gripe e resfriado? Muitas vezes, as duas palavras são usadas como sinônimos, embora se refiram a condições diferentes.
A gripe é causada pelo vírus da influenza e apresenta um quadro clínico mais acentuado, com os sintomas surgindo rapidamente. Os principais são: febre alta, dores no corpo, mal-estar, dor de cabeça, dor nas articulações, perda do apetite, tosse e dor de garganta.
A gripe apresenta uma maior taxa de complicações, como a pneumonia. O modo de transmissão é semelhante ao do resfriado, e o tempo da doença pode durar até duas semanas.
Já o resfriado é uma infecção leve das vias aéreas, causada por vírus, em especial o rinovírus. É muito contagioso e a transmissão ocorre pelo contato com as mãos infectadas ou por meio de espirros ou tosse. Costuma durar, em média, de três a sete dias, porém em alguns casos pode persistir por mais tempo. Os principais sintomas do resfriado são: coriza, tosse e espirros. Complicações são raras e incluem o agravamento da asma e infecções bacterianas como sinusites e otites.
Não custa nada se proteger da gripe. E se você ainda tem dúvidas, preparamos uma lista de mitos e verdades sobre a vacina, com base em informações do Ministério da Saúde.
Tomei a vacina e peguei gripe.
MITO. A vacina é composta por fragmentos inativos do vírus, portanto, não pode induzir o desenvolvimento da doença.
A vacina pode causar efeitos colaterais.
VERDADE. Após a vacina, pode acontecer algum efeito colateral leve, como dor no local, mal-estar e febre baixa. Isso é sinal de que o próprio organismo está reagindo contra os antígenos que foram injetados. A vacina estimula o sistema imunológico a produzir defesa.
A vacina dura vários anos.
MITO. Segundo o Ministério da Saúde, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas depois da vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas. A proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, motivo pelo qual a imunização tem que ser feita anualmente.
Não é necessário se vacinar todos os anos.
MITO. Há diversos tipos de influenza que circulam no mundo. Por isso, existe uma vigilância global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para saber que tipo de vírus está circulando. Essa vigilância ordena, inclusive, qual é a composição da vacina. Então, ano após ano a vacina muda, já que os vírus sofrem mutações constantes.
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