Como combater as relações tóxicas

Como combater as relações tóxicas

Por: Andreia Soares Calçada. Psicóloga clínica e jurídica. Perita do TJ/RJ em varas de família e assistente técnica judicial em varas de família e criminais em todo o Brasil. Mestre em sistemas de resolução de conflitos.  Autora de livros e artigos na área jurídica.

Um episódio no BBB23 chamou a atenção esta semana e trouxe como tema de discussão os relacionamentos tóxicos ou, conceitualmente, abusivos. O casal Bruna Griphao e Gabriel Fop foram alertados pelo apresentador Tadeu Schmidt sobre comportamentos disfuncionais entre eles, com falas que foram consideradas pelos telespectadores como inapropriadas. Mas o que é um relacionamento tóxico e como saber que está vivenciando um?


As atitudes podem ser explícitas ou sutis, o que é mais perigoso para a percepção das pessoas envolvidas que acabam entrando em um ciclo difícil de sair. Esse tipo de abuso pode acontecer de forma verbal e até mesmo chegar a uma forma física. Pode iniciar com um tom de “brincadeira” e depois evoluir para a agressividade. Mais tarde vem um empurrão, um tapa ou um aperto mais forte no braço. É preciso ficar atento que já na primeira frase  que pode ser considerada uma “piada” por quem a disse, já estar presente algum sinal de abuso.


A tal da “brincadeira” pode vir como um disfarce para o controle dos passos do outro. Sobre como a pessoa se veste, o controle sobre a alimentação e as amizades. Esse relacionamento tóxico acontece entre casais com relacionamentos afetivos, amigos e familiares. É preciso saber identificar para que as pessoas busquem ajuda e saibam combater esse tipo de relacionamento. Quem é a vítima e quem a pratica.


No caso de relacionamentos afetivos, é importante que logo no início, quando as pessoas ainda estão se conhecendo, essa dinâmica seja extinta, pois, um relacionamento pode iniciar já com esses pequenos sinais e mais tarde cair em uma relação patológica, com os conflitos excessivos, a dependência excessiva do outro, ou de ambos, a desconfiança excessiva, a submissão e agressão. Enfim, a prevenção é o melhor caminho.

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